tag:blogger.com,1999:blog-6199141689736374360.post5371876067465841662..comments2023-11-13T07:21:53.372-03:00Comments on Todos os Fogos o Fogo: Memória e DemocraciaMaurício Santorohttp://www.blogger.com/profile/01372053107844478853noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-6199141689736374360.post-31066391689000628162007-05-04T14:45:00.000-03:002007-05-04T14:45:00.000-03:00Salve, Sergio.Sem dúvida a transição no Brasil foi...Salve, Sergio.<BR/><BR/>Sem dúvida a transição no Brasil foi muito negociada, bem mais do que na Argentina, onde a ditadura foi um desastre total.<BR/><BR/>O interessante é que no Chile a transição foi semelhante (embora o regime de lá tenha sido mais violento) e a força da memória é bem maior. Talvez por que a ditadura tenha sido bem mais personalista, centrada na figura de Pinochet?<BR/><BR/>Além da questão da memória, não é por acaso que o controle civil sobre os militares está mais consolidado nos vizinhos do Cone Sul do que entre nós. Nosso Ministério da Defesa, por exemplo, é pouco mais do que uma casca vazia para os comandos militares, que continuam autônomos.<BR/><BR/>AbraçosMaurício Santorohttps://www.blogger.com/profile/01372053107844478853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6199141689736374360.post-38832422574938787442007-05-04T13:04:00.000-03:002007-05-04T13:04:00.000-03:00É mesmo curioso, Maurício, que, no Brasil, ao cont...É mesmo curioso, Maurício, que, no Brasil, ao contrário, venha ocorrendo uma valorização dos aspectos positivos _ e os há _ da gestão dos militares; coisas como a política industrial de Geisel, que criou uma diversificada indústria de base, e condições para evitar um destroçamento da estrutura industrial brasileira, como houve na Argentina. <BR/><BR/>Acho que a relativamente mais branda atuação do aparelho repressivo, que limitou o alcance das atrocidades cometidas durante a ditadura brasileira, contribuem para que até alguns ex-presos políticos, como o Lula, tendam a ser condescendentes com o passado. Ao contrário do que ocorreu nos vizinhos do mercosul, a saída dos militares foi administrada, por eles próprios, e isso, acho, explica alguma coisa. <BR/><BR/>Essa revisão seletiva da herança de uma ditadura também ocorreu, de certa forma,no passado, com Vargas. Nos dois casos, a comparação com os governos medíocres ou corruptos que se seguiram ás ditaduras ajudaram a formar uma imagem de estadistas, calcadas nas qualidades dos ditadores e na amnésia sobre seus muitos defeitos...Sergio Leohttps://www.blogger.com/profile/11842797914797148295noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6199141689736374360.post-83807560335111511602007-05-03T13:55:00.000-03:002007-05-03T13:55:00.000-03:00Salve, Patricio.A memória no Brasil é muito mais f...Salve, Patricio.<BR/><BR/>A memória no Brasil é muito mais frágil do que na Argentina. Eventos como os que você participou na sua escola simplesmente não existem por aqui.<BR/><BR/>Não lembro se cheguei a comentar com você da minha admiração pelas ações da diplomacia argentina com relação aos direitos humanos, em especial a criação do Conselho Consultivo da Sociedade Civil, junto à chancelaria. <BR/><BR/>É muito mais avançado do que qualquer coisa que tenhamos no Brasil, embora eu concorde que nosso Ministério das Relações Exteriores tenha muito o que ensinar em vários aspectos.<BR/><BR/>Caro Tiago,<BR/><BR/>você tirou as palavras da minha boca, pensei exatamente o mesmo ao ler o anúncio. Cadê as ameaças à liberdade de expressão dentro do Brasil?<BR/><BR/>Aliás, hoje eu conversei com um amigo que pesquisa a reação da imprensa ao golpe militar de 1964 e ele me disse que foi muito difícil conseguir os editoriais do Estadão naquela época, o jornal não queria liberá-los, fez várias perguntas.<BR/><BR/>Pelo menos hoje eles publicam meu artigo contra as ditaduras. O tempo passa e as coisas mudam. Mesmo que devagar.<BR/><BR/>AbraçosMaurício Santorohttps://www.blogger.com/profile/01372053107844478853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6199141689736374360.post-84158192283519831272007-05-03T10:21:00.000-03:002007-05-03T10:21:00.000-03:00de fato, em diferentes esferas da sociedade brasil...de fato, em diferentes esferas da sociedade brasileira, o cultivo da memória não é exatamente viçoso. <BR/><BR/>hoje, por exemplo, dia mundial da liberdade de imprensa, a Associação Nacional de Jornalistas publicou um anúncio de meia página no primeiro caderno de O Globo que traz o texto "dia de se revirar no túmulo" sob as fotos de Hitler, Mao, Stalin, Mussolini, Pinochet e Franco. Em letras miúdas, o anúncio explica a data e etc. <BR/><BR/>Me lembrei desse post quando vi isso. A ANJ, pelo visto, supõe que Medici, Geisel, Golbery e quetais feras brasileiras não fazem parte do clube de repressores da imprensa. E esses caras, que dão a entender que aqui não houve barbarismo de Estado ou censura, são os mesmos que ficam histéricos com o debate sobre o conselho nacional de jornalismo.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6199141689736374360.post-77451157713434634072007-05-01T20:49:00.000-03:002007-05-01T20:49:00.000-03:00Me chama muito a atençäo que, umos 10 anos atras, ...Me chama muito a atençäo que, umos 10 anos atras, o mais lembrado da ditadura era a guerra das Malvinas e que agora säo as desapariçöes. Sem dúvidas, o ascenso de Kirchner colaborou com o debate sobre o terrorismo de estado nos '70, mas tambem há toda uma nova generaçäo no poder; quem era adolescente nissa época e perdiu a amigos ou estivo detenido agora lidera seitores no governo, nos médios, etc.<BR/>Espero que os "sureños" podamos lhes servir como exemplo a vocês, brasileiros, que sem dúvidas däo a nosso pais um modelo de diplomácia e de pensamento a longo prazo.<BR/>AbraçosAnonymousnoreply@blogger.com