quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O Momento de Obama



De domingo para cá, Barack Obama venceu mais cinco primárias e passou à frente de Hilary Clinton em número de delegados para a Convenção Nacional Democrata. Ainda mais importante: conseguiu romper a barreira demográfica e nos estados banhados pelo rio Potomac conquistou a maioria dos votos dos latino-americanos e das mulheres. Obama agora desponta como o favorito à indicação de seu partido. Sua rival demitiu a coordenadora de campanha.

As primárias realizadas de janeiro até a Super Terça (5 de fevereiro) mostraram uma clivagem demográfica muito acentuada entre Obama e Hilary. O primeiro candidato teve entre 75% e 90% dos votos dos negros, dependendo dos estados. Jovens e eleitores de maior instrução o favoreceram. A segunda conquistou em torno de 2/3 do eleitorado das outras minorias: latino-americanos, judeus, asiáticos. Hilary teve 20% a mais do voto feminino e se saiu melhor entre eleitores de menor instrução. Esse padrão estava incomumente rígido, revelando grande dificuldade dos candidatos para persuadir para além de seu público cativo, apesar das tentativas de seus marketeiros.

Nas primárias desta semana, Obama conseguiu criar o que parece ser uma fissura na coalizão de eleitores que vinha apoiando Hilary. A pergunta é se ele será capaz de manter o bom resultado no Texas e em Ohio, dois grandes estados cruciais na disputa democrata. São regiões com muitos eleitores latino-americanos e de baixa renda, duas categorias que são a base do apoio à senadora. A CBS News é cética quanto à possibilidade de mudança e afirma que a clivagem demográfica continua a se aplicar.

Há um velho ditado que afirma que nada é tão bem-sucedido quanto a vitória e os repetidos triunfos de Obama estão criando um clima de euforia que têm levado muitos eleitores a se decidir por ele, inclusive aqueles que tradicionalmente votam no Partido Republicano e que estão interessados em seu discurso centrista, oposto às divisões ideológicas que Hilary personificou nos anos 90



A pesquisa acima, do USA Today, ilumina outra dimensão importante da disputa. Os democratas estão entusiasmados com a eleição, enquanto os republicanos a consideram menos empolgante do que a de 2004. Impressiona no nível de ódio a McCain por parte da ala mais à direita do partido. O senador foi vaiado numa convenção nacional conservadora e é alvo de ataques virulentos dos apresentadores de rádio e outros formadores de opinião.

Na enquete deste blog, que passou dos cem votos, Hilary e Obama disputam acirradamente, enquanto McCain está lá atrás na avaliação dos leitores.

3 comentários:

Unknown disse...

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Rafael Soares Rigaud disse...

Olá,Maurício!Como vai??
Também tenho acompanhado a disputa das primárias norte-americanas,mas não sei...acho que,enquanto do lado republicano McCain já é o candidato virtual,ainda não está definido nada do lado democrata...por mais que Obama tenha emplacado uma série de vitórias,ainda acho que só teremos certeza absoluta de quem será o indicado em Denver,onde ocorrerá a Convenção do Partido.O fato de o aproveitamento de votos ser diferente em cada Estado(em alguns é proporcional,em outros quem vence leva tudo),na minha opinião, faz com que ainda pareça cedo demais para dizer que esse "sprint" que o Obama tem conseguido vai ser o que o levará à indicação de seu partido.
Também tenho escrito a respeito das prévias americanas,Maurício,mas infelizmente não tenho podido postar com tanta regularidade.Apareça também,no meu blog,se você puder.Um abraço.

Maurício Santoro disse...

Salve, Rafael.

Concordo com você, não está nada definido para os democratas, em especial pelo voto proporcional, que dificulta vitórias avassaladoras.

Daqui a pouco dou uma checada no seu blog. Abraços!