sexta-feira, 22 de julho de 2011

Os Protestos no Chile a Crise de Piñera



O presidente do Chile, Sebastian Piñera, enfrenta uma situação difícil: grandes protestos capitaneados pelos estudantes e pelos mineiros fizeram sua popularidade despencar para cerca de 30% (chegou a ser mais do que o dobro disso, na época do resgate dos trabalhadores presos na mina) e o levaram a substituir oito ministros. O cerne do conflito é político: os diversos manifestantes são contrários ao modelo liberal defendido por Piñeira e advogam maior ativismo do Estado no país, a exemplo do que acontece em outras nações latino-americanas.

Comecemos pelos estudantes. A rebelião dos pinguins, na década passada, foi um dos mais importantes movimentos sociais da região, e marcou o início de um novo ciclo de protestos no Chile. As demandas estudantis não foram resolvidas no governo da socialista Michelle Bachelet e Piñera tem tido dificuldade ainda maior em lidar com elas. Os manifestantes exigem que o Estado central assuma o controle das escolas secundárias, municipais, que regule de maneira eficaz o setor educacional privado, estabeleça o passe livre nos ônibus e acabe com a cobrança de mensalidades, que seriam custeadas pelo aumento de impostos sobre as mineradoras estrangeiras.



O choque entre expectativas e políticas governamentais é grande, e foi agravado pela escolha de Joaquin Lavín para ministro da Educação. Um economista muito liberal e conservador, sem experiência na área, não teve capacidade de negociação para lidar com o movimento estudantil, que desponta com líderes como Camila Vallejo (foto), que chama a atenção por sua beleza e preparo. Piñera afastou Lavín e nomeou para seu lugar o titular da pasta da Justiça, Felipe Bulnes, que tem mostrado mais capacidade de diálogo com a oposição.

Os mineiros também protestam e enfrentam o presidente por conta de seu plano de reformar a estatal da mineração, a Codelco. Eles afirmam que é o primeiro passo para privatizá-la, Piñera nega, e diz que só que tornar a empresa mais competitiva e eficiente. Para além disso, há uma série de conflitos entre o governo e os trabalhadores nas minas, envolvendo infraestrutura deficiente, legislação de proteção contra acidentes, aposentadorias etc.

3 comentários:

Fagner disse...

Desculpe, mas "chamar a atenção por sua beleza" é um comentário estúpido e machista.

Maurício Santoro disse...

Caro Fagner,

Discordo.

Se você acha ofensivo elogiar a beleza feminina... tente ofender as mulheres quanto à aparência e me diga se o mundo ficará melhor e mais justo por conta disso. Nem no mais fanático e furibundo diretório acadêmico.

Camila virou uma musa nacional no Chile, com músicas dedicadas a ela e inúmeros admiradores.

Só sua beleza, enorme, não explica isso. Ela é também inteligente e bem articulada. Penso que essas qualidades são as mais importantes, mas que bom quando todas vêm juntas!

Abraços

Fagner disse...

Então, Maurício, se ela fosse feia, não mudaria nada a sua condição de inspiradora de novos pensamentos (ou seja, musa). Assim, comentar sobre a beleza dela foi quase como dizer que belas mulheres são burras ou não estão nem aí para causas maiores. "Beleza" não tem nada a ver com o que está acontecendo. Se tem, é sinal que estão disvirtuando as coisas. Ou seja, sendo estúpidos e machistas.