El-Shater integra a Irmandade desde os anos 70 e já esteve preso cinco vezes. Ele é um dos principais dirigentes da organização e uma figura-chave para as negociações da Irmandade com os ricos emirados do Golfo e com instituições econômicas internacionais. Sua escolha como candidato é lógica, o que merece explicação é por que a Irmandade mudou de atitude quanto a disputar a Presidência.
O grupo controla quase metade do novo parlamento e é a força política mais poderosa do país. Porém, enfrenta opositores bastante assustados com sua ascensão e que chegaram a falar na possibilidade de fechar o Congresso. As complexas relações com os militares também estão tensas, com os rumores de que o ex-chefe da inteligência da ditadura Mubarak irá disputar a presidência.
Outro fator importante é o risco de que não lançar candidato fragmentasse a Irmandade, pois muitos de seus ativistas deixaram a organização para apoiar o miliante islâmico Abdel-Moneim Abolfotoh, que também disputa a presidência. Ter um líder concorrendo ao cargo provavelmente irá unir os dissidentes em torno do nome de Shater.
Nenhum comentário:
Postar um comentário